O respeito tão cobrado durante a semana não faltou. Mas o que importou mesmo no primeiro Ba-Vi das semifinais do Campeonato Baiano foi a bola na rede. E ela não demorou a aparecer. Com um gol de falta de Geovanni logo no primeiro minuto de jogo, o Vitória venceu o Bahia por 1 a 0, neste domingo, no estádio de Pituaçu, em Salvador.
Com o resultado, o Rubro-negro ampliou a vantagem sobre o rival, e na partida de volta, no Barradão, no próximo domingo, pode perder pelo mesmo placar do jogo de Pituaçu, que, ainda assim, estará garantido na decisão do estadual de 2011. O Bahia terá que vencer por dois gols de diferença ir à grande final.
O Jogo
O clássico começou a todo vapor. Com 1 minuto de jogo, Elkeson sofreu falta. Geovanni bateu com muita categoria e abriu o placar com um golaço (Veja o gol ao lado). O Bahia sentiu o golpe, mas quase chegou ao empate logo aos 3 minutos. Souza lançou Zezinho. O atacante dividiu com o goleiro Viáfara, e a bola sobrou para Hélder que bateu da intermediária e quase marcou um belo gol. O Tricolor seguiu avançando, mas errando bastante. O Vitória passou a explorar os contragolpes e sempre que tinha a bola nos pés levava perigo ao gol de Omar. Aos 11 minutos, o lateral Nino bateu de longe, a bola desviou em Helder e quase entrou na meta do goleiro do Bahia.
O Rubro-negro voltou a criar perigo aos 17 minutos, com o artilheiro Nikão. Ele recebeu um bom passe de Mineiro, avançou pelo meio da defesa do Bahia, mas de frente para o gol chutou sem direção. Aos 22, Souza fez uma jogada individual e bateu cruzado. A bola atravessou a pequena área do Vitória sob o olhar do goleiro Viáfara. Três minutos depois, em mais um contra-ataque rubro-negro, o Vitória chegou forte e Geovanni chutou de longe tentando surpreender o goleiro Omar, adiantado. No entanto, o atacante pegou mal na bola e desperdiçou uma boa chance. Aos 29, outra vez Geovanni tirou suspiros do torcedor do Vitória. O atacante se antecipou à defesa Tricolor e, de cabeça, quase marcou o segundo.
Souza é marcado por Léo Fortunato no clássico de Pituaçu (Foto: Ag. Estado)
Como não poderia deixar de ser, o Ba-Vi teve lance polêmico. Zezinho caiu na área e pediu pênalti. Leandro Pedro Vuaden considerou lance normal. Na sequência, Titi pisou no meia Nikão e recebeu cartão amarelo.
Nos minutos finais, o Bahia decidiu apertar a marcação e foi com tudo em busca do empate. A melhor chance caiu nos pés de Marcone, aos 41. O volante apareceu frente a frente com o goleiro Viáfara e chutou para fora a melhor chance do Tricolor no primeiro tempo. Antes do apito final, o Tricolor ainda teve mais uma oportunidade com Souza. O atacante dividiu com o zagueiro Alison, após cruzamento de Marcos, mas a bola foi por cima do gol do Vitória.
Segundo tempo de fortes emoções
A etapa final começou quente. O volante tricolor Helder deu um carrinho violento em Mineiro e foi expulso, após receber o seu segundo cartão amarelo. Com um homem a menos e em desvantagem, o Bahia teve que se arrumar em campo. Aos 10, Souza fez uma grande jogada e serviu Ramon. O meia entrou na área, mas bateu por cima da meta rubro-negra. Dois minutos depois, Zezinho entrou em diagonal e chutou para uma boa defesa de Viáfara.
Já aos 14, foi a vez de Souza. O atacante até balançou as redes do Vitória, mas estava impedido. A arbitragem pegou a irregularidade e anulou o gol do Bahia. O relógio ainda marcava o minuto 14, quando Elkeson recebeu em boas condições, ganhou da marcação de Marcos e obrigou Omar a fazer uma grande defesa. Apesar da desvantagem numérica, por parte do Bahia, a partida ficou emocionante. A cada ataque tricolor, uma resposta rubro-negra.
Aos 22, Eduardo arrancou do campo de defesa e tentou resolver sozinho. Apesar de ter Geovanni a seu lado, o lateral preferiu chutar e desperdiçou uma boa chance. Porém, na metade final do segundo tempo, a partida perdeu em qualidade. O Bahia não conseguia mais atacar, mostrando falta de preparo físico, enquanto o Vitória preferiu administrar a vantagem. No final da partida, chances isoladas dos dois lados. Porém, sem mudanças no placar, a festa foi mesmo dos comandados de Antônio Lopes que, ao lado da torcida rubro-negra, fizeram a festa no estádio de Pituaçu.